sexta-feira, 10 de abril de 2009

Os nossos jovens

É incrível notar como as crianças estão cada vez mais individualistas, consumistas e egocêntricas. Não, não estou xingando, ofendendo e nem decretando o fim dos tempos. É fato. É triste.
A nova geração está olhando somente para o seu próprio umbigo, se preocupando somente com o seu espaço no mundo e não como um mundo de todos. Ela não consegue entender que vivemos em sociedade, somos uma espécie social, vivemos em bando, temos necessidade de se comunicar, de amar, de formar família, o nosso bando.
Nesta época em que os produtos nunca estiveram tão acessíveis, ter significa mais que ser. Você é avaliado pela roupa que usa, pelo carro que tem, pela grife da bolsa que carrega, até pela caneta que carrega no estojo. Esse comportamento da sociedade em geral atinge fatalmente aos adolescente, eles estão se descobrindo como pessoas e ser aceito pelo grupo, o bando deles, é fundamental. Assim assisto a uma batalha diária para provar que um tem mais que o outro e que deve ser aceito enquanto o outro ser rechaçado. Lustra-se a casca deixa-se apodrecer o conteúdo.
Durante o seu desenvolvimento a criança acha que tudo que tem ao seu redor é seu, mas esta sensação deve passar, o problema é haver quem, os 11 ou 20 anos, ache que o mundo gira, conspira e respira sobre elas. Nossas crianças estão no centro do Universo. Esta posição é perigosa, estão no olho do furacão, elas se tornaram super-heróis, inatingíveis mas que a criptonita as leva à lona sem segundo round.
É triste constatar isto, mas ficar parado esperando alguma solução divina para o problema não vai ajudar. Está nas mãos dos educadores (pais, professores, diretores, padres, pastores, chefes, irmãos, tios...) mudar o rumo desta luta, incultindo nos jovens outros conceitos que não visem o movimento de lustração, trabalhando as ideias, o conteúdo que os guiarão independentes pela vida.